Vi a notícia do clube satânico em uma escola infantil. Esse movimento foi uma reação a um grupo cristão que iria usar o espaço da escola pública para coisas cristãs.
A reação é geralmente exigir que as autoridades civis, como a direção da escola, tomem providências.
Porém, existe um erro de princípio: esperar que o Estado seja árbitro de conflitos religiosos e espirituais. A matéria religiosa não é competência do Estado, mas da Igreja. Ela sim é a instituição que pode arbitrar conflitos religiosos porque é a única instituição com experiência, sabedoria e estudo para emitir parecer sobre isso.
Toda tentativa civil de resolver conflitos religiosos sempre fortalece o Estado ainda mais e dá mais autoridade para ele. Porém, os cristãos são muito ingênuos em matéria política e não perceberam isso ainda.
Em matéria religiosa o Estado deve ser tido em segundo plano e só levar em consideração o que ele diz quando coerente com a Igreja (tem muitas encíclicas muito sábias já escritas sobre isso).
A separação de estado e igreja não é pra favorecer o estado apenas, mas para proteger a religião de receber sua intromissão indevida.
Daí a César o que é de César e daí a Deus o que é de Deus.